Casais interraciais: enfrentar e superar os problemas do relacionamento

É verdade que o Brasil é um país onde a aceitação de relacionamentos entre pessoas de raça branca e negra tem vindo a melhorar ao longo do tempo. Mas os problemas com as famílias dos casais interraciais  são mais complicados do que a simples aceitação social.

Casais interraciais: o que fazer quando a família não aceita a relação?

Casos em que a família não aceita o namorado(a) por ser de raça diferente são muitos. Até porque este tipo de preconceitos demora muito a desaparecer.

O primeiro passo para lidar com os problemas procedentes da não-aceitação da relação por parte da família é fortalecer a relação.

Apenas uma união forte do casal conseguirá suportar essas situações. Principalmente pelo apoio que um dá ao outro nos momentos mais complicados.

O segundo passo é tomar as atitudes certas na altura certa para com a família. Esconder a relação logo no início é o pior que pode fazer.

Por isso, assuma-a e mostre aos seus familiares como essa pessoa o(a) faz feliz e como a relação é benéfica. Evite apenas forçar de início o relacionamento entre os seus familiares e o seu namorado(a). Espere até mais tarde e dê tempo a que se habituem à ideia. Caso não aceitem de todo a relação ou, pior ainda, denegrirem a imagem da pessoa com quem está, é melhor pensar em reduzir o contato com esses familiares.

7 comentários em “Casais interraciais: enfrentar e superar os problemas do relacionamento”

  1. É eu estou em um relacionamento interacial e vejo que definitivamente a posição da familia enfluencia muito. São interessantes as sugestões do artigo, mas para ser sincero, acho que seria melhor se não houvesse resistência da familia, porque o namoro é para ser uma fase boa, mas essa luta desesperada contra a familia torna o namoro difícil e cansativo.
    Continuo com minha namorada porque a amo, mas confesso que é cansativo estar sempre tendo que provar que vai dar certo, para a familia. Até porque problemas acontecem em qualquer relação, não apenas nas interaciais.

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    • Caro Tiago, obrigado pela visita e pelo comentário.

      Diz no seu comentário que seria melhor seria se não houvesse resistência da família, bem a ideia do artigo é mesmo se houver resistência o que fazer nesse caso.

      Infelizmente o mundo ainda tem problemas com isto ao fim de tantos séculos.

      Abraço!

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  2. Olá a todos!!!

    Sou negro, e tenho uma namorada branca… Nos conhecemos a alguns meses, mas a família foi totalmente contra, pois não aceitam que haja um negro na árvore genealógica da família…. Ela chegou a terminar comigo, pois queria me proteger… mas acabamos ficando.. só que de uma forma que não gosto… estamos namorando escondidos… Atualmente, tenho 36 anos e estou namorando escondido… como um adolescente… horrivel. Nos gostamos muito, mas ela tem medo de enfrentar a família!!! Digo para ela que estou pronto para lutar… Disse para ela que não estou aqui para agradar, que se um dia a família dela me “aceitar”, não irei ficar paparicando… não sou assim!!! Sou um profissional, formado, e que não devo nada a nínguem. Eu paro para pensar, e não acredito que este tipo de preconceito exista… é lastimável…

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  3. Também fui vítima de preconceito quando tive meu primeiro namorado,o qual era branco. Sua mae fez de tudo pra que terminássemos, dizia que nao quería uma neguinha sujando o seu sangue,etc. Enfim,o namoro nao resistiu.

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  4. Olá eu sou a Michelle tenho 25 anos sou Africana (Moçambique) e o meu noivo é Europeu (Alemão). Nós namoramos a um ano à distância. Estamos muito apaixonados e pensamos em viver juntos. Mas ainda não decidimos em qual país viver porque nenhum de nós se adapta ao ambiente do outro. Quando estive lá senti um pouco de racismo social. Os amigos e a família apoiam e tratam me muito bem. Mas o resto, no metro sente-se na pele um olhar de discriminação e rejeição. Infelizmente é assim. Por isso pensei que mais tarde podíamos viver em Portugal porque eu falo bem português e ele aprendeu um pouco. Lá tem muitos casais assim interraciais. Quando estive lá gostei muito. Tive uma sensação de pertença. Os dois planeamos viver lá. Vamos ver no que dá.

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    • Olá Michelle, vivemos uma situação identica e gostariamos muito de falar com vocês para trocar experiencias. Se for possível o meu correio é mirmica(arroba)iol(ponto)pt Felicidades

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  5. Não acredito na frase “o amor não tem cor”.
    Foram anos e anos de inferiorização imposta pelos brancos a nós negros.
    Negros foram ensinados a odiar os seus semelhantes, muitos relacionamentos inter-raciais são por puro interesse de querer “clarear a família”.
    Sou negro e sempre busco me relacionar com mulheres negras, quero filhos parecidos comigo e com os meus Ancestrais.
    Boa parte da miscigenação que ocorreu no período escravocata no Brasil se deu atraves do estupro das africanas, negras brasileiras e das mulheres índigenas.
    A nossa sociedade carrega em sua história séculos tratando pessoas negras como menos humanas. Tal traço fez também com que houvesse alguns estereótipos ligados à nossa imagem. E a verdade é que tanto os homens negros quanto as mulheres negras tiveram suas imagens construídas como seres hipersexualizados, atribuindo a noção de que ambos teriam apetites sexuais acima da média. Tal raciocínio fez com que homens negros fossem vistos como extremamente viris e “bem-dotados” e as mulheres negras como “mulatas fogosas”. Há então uma grande objetificação de nossos corpos, o que acaba fazendo que a nossa autoestima vá sendo bombardeada, pois a curiosidade para saber como é transar com uma pessoa negra não significa que essas pessoas têm algum interesse real em nós, que ultrapasse essa objetificação ou deixe de passar por esse imaginário, de modo que nós negras/os podemos desenvolver bastante insegurança para lidar com relacionamentos amorosos-afetivos;

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